O avançado sueco, que havia avisado que não regressaria ao clube, mantém um impasse com os leões devido às negociações frustradas com o Arsenal.
Viktor Gyokeres não se apresentou à pré-época do Sporting no último dia possível, situação que desencadeou um processo disciplinar, confirmado pelo presidente Frederico Varandas. O avançado sueco, que havia avisado que não regressaria ao clube, mantém um impasse com os leões devido às negociações frustradas com o Arsenal.
Apesar de ter autorização para chegar mais tarde à Academia, Gyokeres optou por não dar qualquer sinal de vida, numa clara forma de protesto contra a postura do Sporting, que recusou propostas do Arsenal consideradas inferiores ao valor pretendido pelo clube. Enquanto o Arsenal ofereceu até 65 milhões de euros mais objetivos, o Sporting mantém a fasquia nos 70 milhões, valor ainda abaixo da cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.
Segundo o jornalista Fabrizio Romano, o jogador sente-se “traído” pelo clube, principalmente pela alegada existência de um pré-acordo para a sua transferência. Apesar do conflito, Varandas não descarta a possibilidade de reconciliação, desde que Gyokeres peça desculpa e cumpra as regras do grupo. “Estamos tranquilos. Tudo se resolve com o fecho do mercado, uma multa pesada e um pedido de desculpas ao grupo”, afirmou o presidente.
O cenário de uma rescisão unilateral do contrato por parte do jogador foi também abordado pelo professor de Direito do Desporto Lúcio Correia, que alertou para os riscos financeiros elevados de uma atitude deste género, podendo resultar numa indemnização superior à cláusula de rescisão.
Em entrevista ao L’Équipe, Gyokeres mostrou confiança no seu valor e na capacidade para repetir o sucesso alcançado no Sporting. Questionado sobre o sonho de jogar na Premier League, afirmou que seria uma “grande vingança” poder atuar naquela liga, onde já esteve vários anos sem jogar oficialmente.
Com contrato válido até 2028, o jogador soma 97 golos e 27 assistências em 102 jogos pelo Sporting. O conflito com o clube pode ser resolvido com o seu regresso aos treinos, mas a persistência no impasse promete prolongar uma polémica que mantém o futebol português em suspense.