O FC Porto prepara-se para uma remodelação profunda no seu plantel principal, com uma extensa lista de jogadores na porta de saída e os regressos às o
O FC Porto prepara-se para uma remodelação profunda no seu plantel principal, com uma extensa lista de jogadores na porta de saída e os regressos às origens de Fábio Vieira e Tiago Djaló, após o término dos respetivos empréstimos. A conjugação entre uma temporada desastrosa e a necessidade de realizar encaixe financeiro está a empurrar os dragões para um mercado de verão agitado.
Entre os nomes mais sonantes está Pepê, que entra no último ano de contrato e poderá deixar o Dragão caso surja uma proposta interessante. Apesar de ter realizado 45 jogos, com seis golos e quatro assistências esta época, o extremo brasileiro perdeu fulgor e protagonismo. Com 28 anos, ainda mantém mercado, especialmente no Brasil e na Arábia Saudita.
No entanto, Pepê está longe de ser caso único. A administração liderada por André Villas-Boas está recetiva a ouvir ofertas por Samuel Portugal, Otávio (defesa-direito), Zaidu, Grujic, André Franco, Gonçalo Borges, Danny Namaso e Deniz Gul, todos jogadores que não se afirmaram ao nível de exigência de um FC Porto competitivo.
Esta vaga de saídas tem dois objetivos claros: gerar receitas para reforçar o plantel e estabilizar as finanças da SAD, e reduzir a massa salarial, sobretudo de jogadores com pouca utilização ou rendimento abaixo do esperado. Com contratos válidos até entre 2026 e 2029, muitos destes atletas poderão sair através de venda direta, empréstimos com salários suportados por terceiros ou até rescisões amigáveis, com cedência de percentagens dos passes.
Já estão confirmadas as partidas de Fábio Vieira e Tiago Djaló, que regressam ao Arsenal e à Juventus, respetivamente. Fábio Vieira termina um empréstimo que lhe valeu uma das melhores épocas da carreira, com 42 jogos, cinco golos e seis assistências. Já Djaló, afastado por razões disciplinares, não voltará a vestir de azul e branco.
Com um Mundial de Clubes dececionante a encerrar a temporada e a contestação dos adeptos a subir de tom, a reformulação do plantel torna-se inevitável. A lista de dispensas poderá crescer nas próximas semanas, dependendo também da eventual continuidade de Martín Anselmi no comando técnico.
A estratégia para este mercado será pragmática e ambiciosa: vender, libertar espaço e reestruturar um grupo que perdeu competitividade e identidade ao longo da última época. O grande desafio é devolver ao Dragão a intensidade, exigência e espírito vencedor que sempre marcaram o clube.